domingo, 21 de novembro de 2010

Proposta G2

Peço desculpas pelo atraso nas minhas postagens, final de período é sempre uma correria. Enfim, o grupo formado para o desenvolvimento da proposta "design e a expansão dos sentidos" na segunda avaliação do período é composto por mim (Bruno), Antonia e Kawe. Decidimos fazer um jogo interativo através do uso de projeções que utilizam artifícios simples como câmera, computador, projetor e luz infravermelha. Essa projeção seria feita no chão e na espécie do jogo tetris, onde a proposta não seria montar blocos, mas sim como em uma versão "deturpada" do famoso game, onde os conceitos chave da jogabilidade se dão pelo deslocamento do player, semelhante aos famosos vídeos japoneses de "human tetris" que circulam na internet e podem ser facilmente encontrados no youtube utilizando essas palavras-chave. A idéia ainda está em fase de amadurecimento. A seguir postarei dois links de projeções interativas em pisos de estabelecimentos comerciais, que melhor retratam similaridades na forma de aplicação da proposta e sua viabilidade.



Infinity Networking - Projeção Interativa




Projeção interativa / Piso interativo





PoolSystem interactive floor projection technics by

Impressx




domingo, 3 de outubro de 2010

Televisão Controlada pela Mente (Mind Controlled TV using EEG)

Retirado do blog: http://killerprojects.wordpress.com/2010/04/10/arduino-assisted-mind-controlled-tv-using-eeg/

Da Wikipedia: "A eletroencefalografia (EEG) é o registro da atividade elétrica ao longo do couro cabeludo, produzida pela queima de neurônios dentro do cérebro."
Em aplicações médicas a EEG é usada para detectar doenças como a epilepsia, gravando e observando a atividade elétrica do cérebro que viaja ao longo do couro cabeludo.

Nesse projeto em específico, estamos lidando com um bando de ADC’s (Analog to Digital Converter - Conversor Analógico-Digital em português – que consiste num circuito eletrônico capaz de converter uma grandeza analógica (normalmente tensão ou corrente elétrica) em uma grandeza digital (normalmente expressa utilizando binário) conectados a eletrodos afixados ao couro cabeludo que são capazes de detectar sinais elétricos por minuto e processá-los.
O fone de ouvido EEG (Emotiv EPOC Headset) utilizado neste projeto não é um dispositivo médico, nem é adequado para tais diagnósticos médicos.

O projeto consiste em conseguir fazer com que uma televisão seja ligada a partir da leitura e conversão digital do fluxo elétrico da atividade cerebral do usuário através do seu escalpo, enviando essas informações por um dispositivo wireless ligado a um computador que realiza a interpretação dos sinais emitidos através de um software que acompanha o Headset. Há também uma integração do sistema com o Arduino através de LEDs que lhe auxiliam sobre a interpretação do sistema, acendendo enquanto você está se concentrando, lhe dando um feedback da informação interpretada. O comando de ligar a TV é enviado através de infravermelho, como se fosse um controle remoto. No vídeo demonstrativo a seguir, o criador do projeto, Andrew, tenta se concentrar bastante para que consiga ligar a TV com o movimento de seu braço, que nos dá a sensação de estar “empurrando” algo imaginário. Existe uma barra gráfica na tela do laptop que corresponde a atividade cerebral de Andrew e quando esta atinge o seu máximo a televisão liga ou desliga.









Achei muito interessante o projeto por ser um conceito que pode ser aplicado para outros fins, como permitir maior acessibilidade aos que não detém o controle completo do seu corpo e ficam impossibilitados de realizar alguma tarefa doméstica e até mesmo para pessoas que perderam a visão. Pode ser aplicado para aparelhos de som, ventiladores, luz, etc.
Apesar de ser “novo” no mercado, além de exigir aprimoramento do software para se adequar as modificações de sistemas, com exemplo, é incompatível com o Windows 7 e não roda em outro sistema operacional sem ser Windows, cito como possível modificação as diversas aplicações cabíveis para este sistema citadas acima, sendo que esse sensor de ondas cerebrais no escalpo também é capaz de distinguir outros movimentos como piscada de olhos, sobrancelha franzida, mandíbula, etc, contribuindo para tornar mais simples a vida de quem precisa.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Novos conceitos que o futuro aguarda..

O objetivo inicial desse post era focar em um novo conceito ou projeto de design em andamento para que eu pudesse analisá-lo de forma mais completa, porém, como tudo no mundo do design muda constantemente, eu decidi, de última hora, mudar o foco desse post. Ao vasculhar apenas uma pequena parcela de informações disponíveis na internet, pois falar que "procurei em toda a rede" seria uma completa mentira - ou impossível para quem achar melhor -  me deparei com diversos novos conceitos futuristas na área de design que nos remetem a cenas marcantes de filmes sci-fi, onde sempre especulamos se seria possível a implementação das idéias expostas nas telas. Se depender da criatividade humana, acredito que sim, isso será possível. Mas e a tecnologia? Bom, apesar dessa responder pelos outros 50% do processo de projetar, esta não se mostra atualmente um empecilho para alcançar tais feitos. Basta nos lembrarmos que até tempos atrás celulares-suíços (vide os canivetes "tudo em um"), com telas sensíveis ao toque por pressão e ao calor e os sistemas multi-touch tão populares hoje em dia eram apenas conceitos.

Pois bem, seguem abaixo alguns conceitos que me interessaram bastante, com uma tendência que eu acredito estar cada vez mais em foco, onde o usuário e o sistema estão a entrando em um estado de "dependência", ou melhor dizendo, em "convergência" para que se estabeleça o pleno uso de suas funcionalidades.  


1.SENSE








SENSE é um novo conceito de utilização do computador a partir de um dispositivo sem fio que permite aos utilizadores obter uma aproximação mais focada e intuitiva com os seus sites preferidos, jogos e filmes, a partir de uma conexão sensível e poderosa entre o sistema e os seus usuários. O dispositivo caracteriza-se por uma tela sensível ao toque, a partir de propriedades térmicas e físicas de um produto na tela do computador.
Os usuários têm de inserir a mão na bainha para perceber as diferentes propriedades dos objetos, como a pressão, suavidade, aspereza, dureza e muitos outros, que são transferidas para o cérebro do usuário, a partir de alguns dos receptores nervosos presentes no interior do dispositivo.

Além disso, possui um sistema de ampliação que permite que os usuários do SENSE consigam sentir as propriedades de apenas uma área específica de um produto na tela. E como se não fosse o bastante para nós, reles mortais, se em algum momento você sentir vontade de provar uma receita antes de ser cozida, o dispositivo possui uma micro-impressora com uma tinta especial que gera sabores, que é estimulada através da combinação seus cinco cartuchos 
a base de cera.


2.Bentley SenseS






O Bentley é um carro conceito futurista que tem como objetivo integrar o motorista e seu veículo, um com a ajuda da engenharia genética, biotecnologia e inteligência artificial. O carro conceito é único e especial e personalizado criado para atender às necessidades de cada usuário individual. O carro cresce e aprende junto com seu motorista e se torna uma máquina que reconhece as necessidades, emoções e sentimentos de seu motorista, sem qualquer ajuda externa.
Desenhado por Arturo Peralta, este conceito Bentley das estradas futuro retrata um design fluido e um corpo maravilhoso aerodinâmico que reduz o desperdício de energia. O SenseS tenta fazer uma conexão com seu motorista e no curso do tempo reconhecê-lo e entender todos os seus sentimentos e emoções. Ao invés de ser um carro, ele age mais como seu fiel cavalo e se torna uma parte de sua movimentação diária.

Embora tais conceitos como os sentidos vieram à tona nos últimos meses, os conceitos parecem irreais para se tornarem verdade por agora. A princípio eles são fascinantes e encantadores, mas levariam muitas décadas mais para o projeto tomar forma e mais para chegar às estradas. Mas, mesmo sem o seu conceito de integração do condutor e a máquina, senseS ainda parece um carro conceito maravilhoso.


3.Immersed Senses








Com a intenção de melhorar as limitações do atual sistema de scuba diving, o designer Adam Wendel propôs um dispositivo futurista chamado "sentidos imergidos" que muda a forma como o mergulhador vê, ouve e respira debaixo d'água, permitindo que eles se tornem parte do seu ambiente circundante. O Immersed Senses é o futuro do mergulho e exploração.
Apresentando uma lanterna LED para deixar o mergulhador para observar as profundidades escuras do oceano, a máscara também inclui um visor de vidro grande OLED para oferecer uma visão panorâmica dos arredores. O capacete OLED incluído permite também que o oxigênio extraído fluía livremente por todo o capacete, como se estivesse respirando sobre a terra, sem qualquer equipamento de respiração. 
Enquanto um display OLED interativo dá acesso ao GPS dos mapas subaquáticos, permitindo assim que o mergulhador navegue de forma eficiente ao longo das paisagens do oceano. O OLED oferece ainda um software que consegue identificar todas as espécies de peixes, corais e criaturas do oceano. Com Immersed Senses experimentar o mundo subaquático está agora totalmente interativo, além disso, a tela OLED apresenta informações importantes, tais como a toxicidade de oxigênio, níveis de nitrogênio e calor para manter o mergulhador bem informado e seguro. 
Feito em vidro haptic, um vidro opticamente claro com microscópicos a prova d’água mantém as moléculas de água fora e ainda permite que as ondas sonoras que passem. O som viaja seis vezes mais rápido debaixo d'água que em terra, no entanto, é quase impossível de interpretar, onde o som está vindo. O vidro haptic interpreta a orientação da onda sonora, em seguida, mostra a origem e a direção na tela OLED. 
Vazamento de água é eliminado com o uso de um revestimento de silicone que sela o capacete para a pele. O silicone proporciona a flexibilidade para explorar o mergulhador com movimentos confortáveis. Os painéis laterais laranja ajudam na circulação interna do oxigênio extraído. A parte traseira do capacete contém um reator de eletrólise que extrai oxigênio da água salgada. O oxigênio respirável é distribuído por todo o capacete, criando uma experiência de respirar debaixo d'água revolucionária. 
O Immersed Senses opera com uma bateria que utiliza um mecanismo de centrifugação para puxar o oxigênio da água do mar começando a reação de eletrólise. A água salgada é extraída no reservatório inferior, que reage com o gás hidrogênio. Ela é então carregada por um ânodo positivo e negativo / catodo, que gera oxigênio respirável. Dois dispositivos internos ajudar a circular o oxigênio para a boca do mergulhador e do nariz. 
O mergulhador, em seguida, respira o oxigênio e o dióxido de carbono para fora, que sai do capacete. A bateria de hidrogênio armazenado pode manter o mergulhador submerso por até 8 horas. O Immersed Senses revoluciona a forma como um ser humano pode respirar debaixo d'água, bem como interagir com o display OLED, oferecendo uma vista panorâmica sobre o mar profundo.

É isso ai pessoal, esses foram os conceitos de design futurista que eu queria compartilhar com vocês neste post, espero que assim como eu, vocês também se sintam empolgados com as diversas possibilidades que esse campo high-tech tem a nos oferecer.














segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Os 5 sentidos do Design


A relação entre os sentidos e a profissão do designer está diretamente conectada. Uma vez que o designer se propõe a romper barreiras e procurar sempre inovar idéias e conceitos, a importância dessa relação com o sensorial humano se faz cada vez mais importante. A experiência do usuário com o produto criado garantirá a aceitação do trabalho no mercado, logo, esta experiência deverá ser marcante para o consumidor fazendo-o imergir em suas sensações, consolidando assim um vinculo entre homem e objeto. Quando falamos em sentidos, queremos nos referir a sensações ou per­cepções ou experiências.
A Apple, por exemplo, sempre buscando inovar nos conceitos estabelecidos pela evolução tecnológica, lançou no mercado o “Magic Trackpad”, dispositivo wireless que propicia os usuários de MAC Desktops a terem o a função multitoque dos Macbook Pro’s recentes, possibilitando o uso de um conjunto de toques e gestos para interação com o computador.

MAGIC TRACKPAD:



YOUTUBE (Magic Trackpad):





Uma pesquisa conduzida pelo Dr. Trygg Engen da Brown University mostrou que a nossa capacidade de recordar odores e aromas é muito maior do que a nossa capacidade de recordar o que vimos no passado. Muitas empresas estão perdendo oportunidades de explorar plenamente as possibilidades sensoriais existentes na criação da identidade e personalidade de suas marcas.
A B.O.C. Gases de Guildford, Inglaterra, é uma das várias empresas que têm realizado experiências olfativas comerciais para seus clientes. Ela criou o aroma de roupa recém-lavada para Thomas Pink, famoso camiseiro da Jermyn Street, em Londres, e criou a fragrância de couro para uma revenda de automóveis. 
Duncan Roberts, gerente de vendas e marketing da BOC, afirmou que muitas empresas já estão solicitado a criação de "logos olfativos ou smellbrands" para serem aplicados juntamente aos seus logotipos corporativos.

Aqui no Brasil, muitas empresas que já desenvolveram suas marcas olfativas e imprimem seus cartões comerciais com o perfume de suas marcas. 
As aplicações práticas apresentada por Martin Lindstrom em seu livro BrandSense são importantes para ajudar a obter uma imagem mais clara de como uma marca é percebida no mercado e desenvolver idéias olfativas para completar o design dos ambientes.


SCENTAIR:





YOUTUBE(Scent-Marketing):


Atualmente a tecnologia de exibição de filmes em 3D está muito à tona e algumas empresas já disponibilizam para o uso doméstico a mesma tecnologia que antes era vista apenas no cinema, através de televisores conversores de imagens em três dimensões.
Porém, como você olha para um objeto no mundo real e o vê como um objeto tridimensional, mas se você vir o mesmo objeto na tela da TV ele parece chato? O que acontece e como a tecnologia 3D contorna esse problema?
Tudo tem a ver com a forma como nós focalizamos os objetos. Nós vemos coisas porque nossos olhos absorvem a luz refletida dos itens. Nossos cérebros interpretam a luz e criam uma imagem em nossas mentes. Quando um objeto está longe, a luz viajando para um olho é paralela com a luz viajando para o outro olho. Mas à medida que o objeto chega mais perto, as linhas não são mais paralelas - elas convergem e nossos olhos "trocam" para compensar. Você pode ver esse efeito em ação se você tentar olhar algo que está bem na frente do seu nariz - você vai conseguir uma adorável expressão de olhos cruzados.
Quando você focaliza um objeto, seu cérebro leva em conta o esforço exigido para ajustar seus olhos para focalizá-lo, bem como o quanto seus olhos tinham de convergir. Juntas, essas informações permitem estimar quão longe um objeto está. Se seus olhos tiverem de convergir bastante, então é lógico que o objeto está perto de você.
O segredo dos filmes e televisores 3D é que ao mostrar a cada olho a mesma imagem em duas posições diferentes, você pode fazer seu cérebro pensar que a imagem chata que você está vendo tem profundidade. Mas isso também significa que os pontos de foco e convergência não casem com o modo com que eles fazem em objetos reais. Embora seus olhos possam convergir para duas imagens que parecem ser um objeto bem na sua frente, eles, na verdade, estão focando em uma tela que está mais longe. É por isso que você fica com a vista cansada se tentar assistir a muitos filmes 3D de uma mesma cadeira.
Você não pode usar um televisor padrão e esperar que os óculos ativos funcionem. Você precisa ter alguma maneira de sincronizar as imagens alternando na tela com suas lentes LCDs dos óculos. É aí que o conector do sincronizador de sinal estereoscópico entra. Trata-se de um conector padrão, com três pinos que plugam em uma porta especial do televisor ou da tela 3D Ready. A outra ponta do cabo pluga em um emissor de raios infravermelhos. O emissor envia o sinal para seu óculos 3D ativo. É isso que sincroniza as lentes LCDs com a ação na tela.

IMAGEM 3D:




Dependendo das situações, o nosso desejo é ativado antes de tudo pela imagem ou pelo cheiro. Quantas vezes sentimos água na boca ao ver produtos em uma vitrine de doceria ou ao sentir um aroma que nos convida a entrar em uma cafeteria? E quantas vezes elegemos um doce em lugar do outro porque o olhar o captou? O olhar, como fator estético e de primeira conquista, é muitas vezes predominante no direcionar dos nossos atos, e como você pode imaginar, tem muito a ver com o que é explorado pelo design. O food design, (muito presente atualmente na nossa sociedade) trata de um eclético encontro entre o mundo do design e o mundo da comida, duas realidades interligadas na pesquisa do que nos comunica ou revela prazer. O designer chinês Li Jianye, experiente designer de produto, mostra uma das suas inovações na área de food design, nas imagens a seguir:

FOOD DESIGN:




O designer explica sua criação da seguinte forma: “Você provavelmente conhece a piramide profissional, mas nem sempre a segue. Ai esta um ‘template’, a nutrition pyramid lunck box, que o lembra e o guia a ser mais saudável.”

Mais trabalhos do artista podem ser vistos em: http://labexp.blogspot.com/


Já o Designer James, da alemã Sternform Produkt Design, criou um prato prático para festas, com um estilo diferente e bem inovador, de formato mais apropriado ao encaixe de copos de vinho ou champagne.




Hoje, temos sound design em todo tipo de comunicação áudio-visual, videogames, internet, etc.
Mas, na prática, o que é sound design ? E que contribuição artística traz para a comunicação?
Conceitualmente, sound design é a criação, manipulação e organização de elementos sonoros. É o processo que reproduz o rugir de um tiranossauro rex ou de uma espada laser, que coloca o espectador na linha de frente da invasão da Normandia, ou ainda, cria a voz de um computador futurista.
Os desenhistas sonoros usam várias técnicas. Jack Foley era um editor da Universal Studios que foi o precursor na arte de regravar o som de passos, gestos e atitudes das pessoas em cena. Daí nasceu o foley, que é a técnica de se reproduzir em estúdio todo o som gerado pela atividade física dos personagens, através da “mímica” de seus movimentos. Passos, ruídos de roupas, manejo de objetos, quedas e outras ações, são imitadas pelos artistas de foley enquanto assistem a cena e gravam seus sons. Normalmente trabalham em duplas, um “walker” que executa a função mímica e um técnico que capta cuidadosamente o áudio. No cinema Americano e Europeu, o foley é considerado uma arte e há uma grande valorização do trabalho criativo e meticuloso desses profissionais.
Outra faceta do sound design são os SFX, ou Efeitos Sonoros. Todos os sons criados com o objetivo de destacar movimentos e ações, facilitar o entendimento de uma cena, valorizar sensações, ou simplesmente enriquecer a linguagem de um filme são atribuições dos SFX.



YOUTUBE (TÉCNICA DE FOLEY):