segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Os 5 sentidos do Design


A relação entre os sentidos e a profissão do designer está diretamente conectada. Uma vez que o designer se propõe a romper barreiras e procurar sempre inovar idéias e conceitos, a importância dessa relação com o sensorial humano se faz cada vez mais importante. A experiência do usuário com o produto criado garantirá a aceitação do trabalho no mercado, logo, esta experiência deverá ser marcante para o consumidor fazendo-o imergir em suas sensações, consolidando assim um vinculo entre homem e objeto. Quando falamos em sentidos, queremos nos referir a sensações ou per­cepções ou experiências.
A Apple, por exemplo, sempre buscando inovar nos conceitos estabelecidos pela evolução tecnológica, lançou no mercado o “Magic Trackpad”, dispositivo wireless que propicia os usuários de MAC Desktops a terem o a função multitoque dos Macbook Pro’s recentes, possibilitando o uso de um conjunto de toques e gestos para interação com o computador.

MAGIC TRACKPAD:



YOUTUBE (Magic Trackpad):





Uma pesquisa conduzida pelo Dr. Trygg Engen da Brown University mostrou que a nossa capacidade de recordar odores e aromas é muito maior do que a nossa capacidade de recordar o que vimos no passado. Muitas empresas estão perdendo oportunidades de explorar plenamente as possibilidades sensoriais existentes na criação da identidade e personalidade de suas marcas.
A B.O.C. Gases de Guildford, Inglaterra, é uma das várias empresas que têm realizado experiências olfativas comerciais para seus clientes. Ela criou o aroma de roupa recém-lavada para Thomas Pink, famoso camiseiro da Jermyn Street, em Londres, e criou a fragrância de couro para uma revenda de automóveis. 
Duncan Roberts, gerente de vendas e marketing da BOC, afirmou que muitas empresas já estão solicitado a criação de "logos olfativos ou smellbrands" para serem aplicados juntamente aos seus logotipos corporativos.

Aqui no Brasil, muitas empresas que já desenvolveram suas marcas olfativas e imprimem seus cartões comerciais com o perfume de suas marcas. 
As aplicações práticas apresentada por Martin Lindstrom em seu livro BrandSense são importantes para ajudar a obter uma imagem mais clara de como uma marca é percebida no mercado e desenvolver idéias olfativas para completar o design dos ambientes.


SCENTAIR:





YOUTUBE(Scent-Marketing):


Atualmente a tecnologia de exibição de filmes em 3D está muito à tona e algumas empresas já disponibilizam para o uso doméstico a mesma tecnologia que antes era vista apenas no cinema, através de televisores conversores de imagens em três dimensões.
Porém, como você olha para um objeto no mundo real e o vê como um objeto tridimensional, mas se você vir o mesmo objeto na tela da TV ele parece chato? O que acontece e como a tecnologia 3D contorna esse problema?
Tudo tem a ver com a forma como nós focalizamos os objetos. Nós vemos coisas porque nossos olhos absorvem a luz refletida dos itens. Nossos cérebros interpretam a luz e criam uma imagem em nossas mentes. Quando um objeto está longe, a luz viajando para um olho é paralela com a luz viajando para o outro olho. Mas à medida que o objeto chega mais perto, as linhas não são mais paralelas - elas convergem e nossos olhos "trocam" para compensar. Você pode ver esse efeito em ação se você tentar olhar algo que está bem na frente do seu nariz - você vai conseguir uma adorável expressão de olhos cruzados.
Quando você focaliza um objeto, seu cérebro leva em conta o esforço exigido para ajustar seus olhos para focalizá-lo, bem como o quanto seus olhos tinham de convergir. Juntas, essas informações permitem estimar quão longe um objeto está. Se seus olhos tiverem de convergir bastante, então é lógico que o objeto está perto de você.
O segredo dos filmes e televisores 3D é que ao mostrar a cada olho a mesma imagem em duas posições diferentes, você pode fazer seu cérebro pensar que a imagem chata que você está vendo tem profundidade. Mas isso também significa que os pontos de foco e convergência não casem com o modo com que eles fazem em objetos reais. Embora seus olhos possam convergir para duas imagens que parecem ser um objeto bem na sua frente, eles, na verdade, estão focando em uma tela que está mais longe. É por isso que você fica com a vista cansada se tentar assistir a muitos filmes 3D de uma mesma cadeira.
Você não pode usar um televisor padrão e esperar que os óculos ativos funcionem. Você precisa ter alguma maneira de sincronizar as imagens alternando na tela com suas lentes LCDs dos óculos. É aí que o conector do sincronizador de sinal estereoscópico entra. Trata-se de um conector padrão, com três pinos que plugam em uma porta especial do televisor ou da tela 3D Ready. A outra ponta do cabo pluga em um emissor de raios infravermelhos. O emissor envia o sinal para seu óculos 3D ativo. É isso que sincroniza as lentes LCDs com a ação na tela.

IMAGEM 3D:




Dependendo das situações, o nosso desejo é ativado antes de tudo pela imagem ou pelo cheiro. Quantas vezes sentimos água na boca ao ver produtos em uma vitrine de doceria ou ao sentir um aroma que nos convida a entrar em uma cafeteria? E quantas vezes elegemos um doce em lugar do outro porque o olhar o captou? O olhar, como fator estético e de primeira conquista, é muitas vezes predominante no direcionar dos nossos atos, e como você pode imaginar, tem muito a ver com o que é explorado pelo design. O food design, (muito presente atualmente na nossa sociedade) trata de um eclético encontro entre o mundo do design e o mundo da comida, duas realidades interligadas na pesquisa do que nos comunica ou revela prazer. O designer chinês Li Jianye, experiente designer de produto, mostra uma das suas inovações na área de food design, nas imagens a seguir:

FOOD DESIGN:




O designer explica sua criação da seguinte forma: “Você provavelmente conhece a piramide profissional, mas nem sempre a segue. Ai esta um ‘template’, a nutrition pyramid lunck box, que o lembra e o guia a ser mais saudável.”

Mais trabalhos do artista podem ser vistos em: http://labexp.blogspot.com/


Já o Designer James, da alemã Sternform Produkt Design, criou um prato prático para festas, com um estilo diferente e bem inovador, de formato mais apropriado ao encaixe de copos de vinho ou champagne.




Hoje, temos sound design em todo tipo de comunicação áudio-visual, videogames, internet, etc.
Mas, na prática, o que é sound design ? E que contribuição artística traz para a comunicação?
Conceitualmente, sound design é a criação, manipulação e organização de elementos sonoros. É o processo que reproduz o rugir de um tiranossauro rex ou de uma espada laser, que coloca o espectador na linha de frente da invasão da Normandia, ou ainda, cria a voz de um computador futurista.
Os desenhistas sonoros usam várias técnicas. Jack Foley era um editor da Universal Studios que foi o precursor na arte de regravar o som de passos, gestos e atitudes das pessoas em cena. Daí nasceu o foley, que é a técnica de se reproduzir em estúdio todo o som gerado pela atividade física dos personagens, através da “mímica” de seus movimentos. Passos, ruídos de roupas, manejo de objetos, quedas e outras ações, são imitadas pelos artistas de foley enquanto assistem a cena e gravam seus sons. Normalmente trabalham em duplas, um “walker” que executa a função mímica e um técnico que capta cuidadosamente o áudio. No cinema Americano e Europeu, o foley é considerado uma arte e há uma grande valorização do trabalho criativo e meticuloso desses profissionais.
Outra faceta do sound design são os SFX, ou Efeitos Sonoros. Todos os sons criados com o objetivo de destacar movimentos e ações, facilitar o entendimento de uma cena, valorizar sensações, ou simplesmente enriquecer a linguagem de um filme são atribuições dos SFX.



YOUTUBE (TÉCNICA DE FOLEY):

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